segunda-feira, 7 de março de 2011

Sururu Formado, Assombrosos e Nega Maluca

Axé, samba, marchinhas e irreverência agitam a cidade

Nesta quinta-feira, dia 3, segundo dia de Carnaval em Angra dos Reis, milhares de foliões circularam pelas ruas do Centro acompanhando os blocos. Foram três: Sururu Formado, Assombrosos do Cruzeiro e Nega Maluca.

Choveu menos que na quarta-feira, mas a chuva foi insistente. Durante toda a noite, ela ameaçava e parava. Em alguns momentos, chegou a apertar, mas nada que tenha incomodado os foliões. O primeiro bloco da noite foi o Sururu Formado, que completou 10 anos de folia. O bloco desfila em ritmo de axé, mas, na concentração, na esquina das ruas Moacir de Paula Lobo (Rua das palmeiras) e Dr. Léo da Silva, o que rolou foram grandes sambas-enredo para esquentar a turma. Já com o “bloco na rua”, o Sururu agitou com canções de Ivete Sangalo, Cláudia Leite, Parangolé e tudo o que há de melhor na música baiana.

O bloco sempre arrasta um grande público tocando os hits que estão “bombando” no verão. Neste Carnaval, “Minha mulher não deixa, não” foi um dos que mais animaram o público. Sucessos do sertanejo universitário não poderiam ficar de fora. E foram tocados, em ritmo de axé.

Enquanto o Sururu se encaminhava para o final de sua passagem, quem já se concentrava era o bloco Assombrosos do Cruzeiro, na ladeira São Bernardino de Sena. De lá, ao som de grandes sambas-enredo das escolas do Carnaval carioca, e acompanhados pela bateria do bloco Paraty do Amanhã, saíram os tradicionais bonecos de monstros e caveiras feitos pelos assombrosos. Um deles parecia medir mais de quatro metros. O bloco foi formado há cinco anos e seu nome foi inspirado nas lendas sobre assombração que fazem a mística do convento São Bernardino de Sena.

Crianças vestidas de preto e com máscaras de caveira saíram à frente do bloco, que contou com mestre-sala e porta-bandeira, no estilo das grandes escolas. Na marcação da bateria e ao som do cavaquinho, sambas da União da Ilha, Salgueiro, Portela, Grande Rio e Beija-Flor animaram os foliões que sambaram e cantaram.

A essa altura, pelas ruas do Centro, já se podia ver uma proliferação de “negas malucas”. Estilosas, com óculos e roupas multicoloridas, elas seguiam todas na mesma direção: o São Bento. Era a concentração do bloco Nega Maluca, um dos maiores e mais tradicionais e irreverentes de Angra dos Reis. O bloco atraiu milhares de pessoas. Homens, mulheres, todos eram negas malucas, caracterizados como uma das personagens mais típicas do Carnaval carioca, com tinta preta e peruca.

Neste ano o bloco contou com a participação dos atores globais Rafael Almeida e Jéssica Alves, ídolos do público jovem. Junto com eles, em cima do carro de som, uma banda com nove integrantes animava o público tocando clássicas marchinhas, como “Jardineira”, “Mamãe eu quero”, “O teu cabelo não nega”, dentre outras que pessoas de todas as gerações sabem cantar. A multidão animada cantou, pulou e dançou pelas ruas do Centro até chegar à avenida Júlio Maria. Os foliões continuaram em clima de festa mesmo depois que a banda parou de tocar.

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