segunda-feira, 21 de março de 2011

Abcar não promoverá mais “Blocão” no sábado de aleluia

Para entidade, evento só teria sentido se acontecesse no sábado. Hipótese de realizar desfile no domingo de páscoa está descartada pela experiência não muito bem sucedida em 2008


A Abcar – Associação Recreativa e Cultural dos Blocos Carnavalescos de Angra dos Reis – desistiu de colocar na rua, no sábado de aleluia, durante a Semana Santa, um “blocão”, reunindo num só desfile as principais agremiações carnavalescas congregando mais de 100 ritmistas na bateria. A idéia era aproveitar os ares positivos do clima do carnaval deste ano, que para muitos foi um dos melhores dos últimos 10 anos, e envolver angrenses e turistas no feriadão com muito samba.
O “blocão” desfilaria pelas principais ruas do centro da cidade e encerraria sua apresentação na Praça do Porto, local onde foram realizadas as três edições da “Quinta do Samba”, tendo ainda como atrações a entrega dos troféus aos melhores do carnaval de 2011 e a apresentação de uma bateria de escola de samba do Rio de Janeiro. O evento iria contar com o apoio da Prefeitura de Angra, por meio da Cultuar e TurisAngra, porém o seu planejamento sofreria uma alteração de data, passando de sábado de aleluia, dia 23, para domingo de páscoa, 24 de abril.
Por ser uma semana em que as atenções vão estar todas voltadas para o lado religioso, a comunidade católica não viu muito com bons olhos a realização de um evento festivo em datas da Semana Santa, que marcam a crucificação e morte de Jesus.
“Entendemos plenamente a preocupação da comunidade católica e a preservação de suas tradições religiosas, porém a troca da realização do evento de sábado para domingo não agradou aos blocos, principalmente pela experiência de 2008, quando promovemos o evento no domingo de páscoa e não deu o resultado que esperávamos. Mesmo sendo véspera de feriado municipal, pois segunda-feira é dia de São Benedito, pouquíssimas pessoas saem de casa e os próprios integrantes dos blocos estão envolvidos com as suas famílias no domingo de páscoa. Achamos melhor não promover o evento”, disse Beto Carmona, presidente da Abcar.
Segundo Carmona, a entidade pretende promover um evento parecido no mês de julho, período de celebração do quarto aniversário de fundação da Abcar, quando serão entregues os troféus dos destaques do carnaval 2011, aos blocos participantes da folia deste ano, e ainda uma festividade que apresentará alguma atração musical local e ainda do carnaval do Rio de Janeiro.

Eventos Quinta da Samba e Barracão do Samba caíram no gosto dos blocos

Abcar faz reunião de avaliação do carnaval 2011 e dirigentes dos blocos manifestam satisfação com programação e parceria com Cultuar e TurisAngra. Atraso nos desfile das agremiações foi apontado como falha pelos próprios dirigentes

A Abcar (Associação Recreativa e Cultural dos Blocos Carnavalescos de Angra dos Reis) promoveu na noite de ontem, quarta-feira, 16, no auditório da Casa de Cultura, a reunião de avaliação do carnaval 2011 com os dirigentes dos blocos que participaram da folia deste ano. Das 33 agremiações que colocaram seus blocos na rua, 22 marcaram presença ao encontro, e demonstraram ter ficado satisfeitas com a programação e a infraestrutura da festa deste ano.
Os dirigentes responderam um questionário aplicado pela diretoria da Abcar e apontaram os pontos positivos e negativos sob vários aspectos, desde as ofertas de sonorização, iluminação, decoração, apoio financeira repassado pela Prefeitura de Angra, até a programação da festa. Na avaliação dos dirigentes os eventos pré-carnavalescos, Quinta do Samba e Barracão do Samba, promovidos em parceria pela Abcar, Cultuar e TurisAngra, foram eleitos por unanimidade as grandes atrações e que as iniciativas devem ser repetidas para os próximos anos.
Dos 22 questionários respondidos, alguns tópicos avaliados ganharam mais peso, com elogios, e outros foram apontados e observados pela necessidade serem melhorados ou corrigidos. Metade dos dirigentes classificou de excelente a participação da Abcar na coordenação e direção das atividades onde estavam envolvidas as agremiações e a outra metade disse que a participação da entidade foi boa no carnaval.
O Circuito Único criado pela Abcar para que abrigasse o desfile da maioria dos blocos no centro da cidade, com intuito de ter uma infraestrutura adequada para a apresentação das agremiações foi aprovada por quase 90% dos dirigentes consultados, porém com críticas direcionadas principalmente a iluminação do circuito, que não agradou, e a quantidade de carros estacionados nas ruas, que dificultaram bastante a passagem dos blocos.
“A iluminação nas ruas deu uma melhorada, mas ainda não é o ideal, precisamos rever essa situação. Outra coisa sugerida pelos dirigentes é quanto à questão da sonorização. Os carros de som tiveram um desempenho bem melhor em relação há anos anteriores, mas os blocos fizeram a reivindicação de que fossem instalados nos postes, caixas de som, para que em todo o circuito fosse ouvido o samba cantado ou as músicas executadas pelas bandas de marchinha e DJs. Essa iniciativa deu certo há alguns anos, e vamos conversar com a Prefeitura para saber da possibilidade de se incluir esse desejo das agremiações para o próximo ano”, disse o jornalista Beto Carmona, presidente da Abcar.
A decoração de carnaval agradou a mais de 70% dos blocos, 90% deles ficaram muito satisfeitos com a instalação dos banheiros químicos no circuito, assim como a ajuda financeira dada pela poder público. Os pontos mais falhos no entender dos dirigentes foram a segurança, pois quase não se viu durante os desfiles das agremiações a presença da polícia militar, o comportamento dos homens contratados para fazer a coordenação, que exageram no trato com os dirigentes buscando constantemente apressar a apresentação das agremiações, e ainda a iluminação do Circuito Único.
Apesar das críticas, os dirigentes, na sua maioria, estavam conscientes de que houve realmente um exagerado atraso nas saídas dos blocos e entendem que as regras quanto a horário de desfile devem ser cumpridas e passiveis de punição. Porém, eles acreditam que o grande colaborador para os atrasos, em média 45 minutos, foi a chuva que castigou muito o desfile das agremiações. Entretanto, alguns blocos chegaram a atrasar o seu início de desfile em 1 hora e meia, que somado a sua apresentação, ultrapassaram o limite de duas horas, e sem o argumento da chuva. A diretoria da Abcar vai criar dentro do seu regimento interno, efeitos punitivos para possíveis atrasos dos blocos nos próximos carnavais, sem justificativas louváveis.
A diretoria da Abcar chegou a conclusão, após inúmeros apelos de populares, entre moradores e turistas, de que a agenda de desfile dos blocos precisa ser preenchida com apresentações de agremiações na parte da tarde, principalmente no domingo, segunda e terça-feira de carnaval. Tem muito bloco desfilando na parte da noite, a programação mais cedo está vazia, e todos estão ávidos pela folia na parte da tarde.

Abcar promove encontro com blocos para fazer balanço do carnaval 2011

A Abcar – Associação Recreativa e Cultural dos Blocos Carnavalescos de Angra dos Reis – promove na próxima quarta-feira, 16, uma reunião de avaliação do carnaval 2011 com os blocos que participaram da folia deste ano. Foram 22 agremiações desfilando no centro da cidade e 11 nos bairros, totalizando a participação de 33 blocos na agenda de desfile oficial da entidade. O encontro para se fazer um balanço está marcado para o auditório da Casa de Cultura, as 19:30h, e entre os temas que serão colocados em pauta estão: os eventos pré-carnavalescos Quinta do Samba e Barracão do Samba, e o desfile das agremiações de 2 a 8 de março, a sua infraestrutura em termos de sonorização, iluminação, espaço, itinerários, pontualidade nas apresentações dos blocos e as perspectivas para o carnaval 2012.
“É super importante a participação dos dirigentes dos blocos para que possamos juntos fazer uma avaliação do que funcionou, do que precisa melhorar, do que foi bom e de possíveis reivindicações para o próximo ano. No meu entender o balanço foi muito positivo e diria que as expectativas geradas por nós da Abcar foram além do esperado. Acho que o que pode melhorar é a iluminação do circuito único, além de também vir a privilegiar com reforço na iluminação as concentrações dos blocos, principalmente nos pontos de saída das agremiações ligadas as comunidades do centro e de alguns bairros. Foi realmente um sucesso o carnaval e a parceria com a Prefeitura, por meio da Cultuar e TurisAngra, deu muito certo”, disse o jornalista Beto Carmona, presidente da Abcar.
A entidade não registrou nenhum incidente nos desfiles dos blocos, com exceção de alguns atrasos exagerados no início das apresentações de parte das agremiações, e que também, segundo o presidente da Abcar, será bastante discutido na reunião da próxima quarta-feira. “Temos que ter compromisso e responsabilidade quanto a cumprir os horários e o tempo de desfile que não pode ultrapassar duas horas para cada bloco. Para a maioria a chuva foi sem dúvida um ‘álibi para justificar o atraso, mas para um grupo menor que não enfrentou chuva alguma não tem desculpa. Temos que ter um poder maior de mobilização junto aos nossos componentes e não podemos deixar que, por exemplo, as peças de bateria sejam arrumadas, afinadas, na hora que está programado o início do desfile do bloco”, enfatizou Carmona.

Terça-feira gorda leva muitos blocos às ruas












Oito blocos agitaram a terça-feira de carnaval em Angra dos Reis, sendo um deles como convidado da Abcar a desfilar pelas ruas do centro da cidade pela passagem da data do Dia Internacional da Mulher. O bloco Rosa Choque, promovido pela primeira dama do município, Alessandra Jordão, levou centenas de mulheres as ruas com seus abadás rosas, abrindo com brilho a programação.
Em seguida se apresentaram os blocos Sujos de Lama, do Morro do Carmo, Mocidade Unida do Tatu, Galera do Rock e Quarta Sem Lei. Nos bairros a festa ficou por conta das agremiações Unidos de Jacuecanga, Mocidade do Marinas e Bloco do Encruzo.

terça-feira, 8 de março de 2011

Segunda de carnaval sem chuva ajuda a aumentar ainda mais a empolgação do Uns e Outros, Carioca e Conexão Bahia




A chuva deu uma trégua e a segunda-feira de carnaval em Angra dos Reis foi ainda mais empolgante. A programação no centro da cidade foi aberta pelo bloco Uns e Outros de Ladeira Abaixo, da comunidade do Morro do Carmo. Com 16 anos de tradição no carnaval da cidade, a agremiação comandada pelo presidente Edilson de Oliveira Gonçalves, apresentou no seu desfile que teve início na Praça General Osório, o enredo "Maravilha", numa referência ao título conquistado pela Ilha Grande como uma das sete maravilhas do Rio de Janeiro.

Em seguida, num desfile emocionante, o Bloco da Carioca trouxe para a venida o enredo "Dona Cidinha: a Carioca exalta uma história de amor à vida e ao carnaval", numa referência a uma das principais personalidades do carnaval da cidade, com uma trajetória vitoriosa, em especial tendo ao lado à comunidade da Carioca e os inúmeros desfiles inesquecíveis e títulos conquistados. A noite foi da família Caldellas e da comunidade da Carioca que participou em peso da apresentação da agremiação pelas principais ruas do centro da cidade.

A felicidade de voltar a fazer carnaval na cidade estava estampada nos rostos das pessoas da comunidade da Carioca e a emoção tomou conta dos foliões e de quem assistia o desfile. A homenageada também participou da apresentação e foi recepcionada pelo Prefeito Tuca Jordão e pelo presidente da Carioca Naldinho. Um belo desfile com direito a muitas crianças nas alas e até baianas.

Com o tema “Meu, seu, nosso Conexão – 10 anos – Jurei ser Fiel a você”, o bloco Conexão Bahia, uma das principais agremiações do estilo axemusic de Angra, arrastou também uma multidão pelas ruas do centro da cidade. O conexão Bahia é um dos blocos que mais arrastam foliões e congrega um grande número de jovens que vai literalmente atrás do trio elétrico, com muita empolgação e alegria, e o que é melhor, sem brigas e com tudo na paz. A agremiação foi comandada pelo DJ Zélio Nascimento.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Reizinho, MaritSamba e Jaqueira agitam noite de domingo de carnaval em Angra

Em Angra dos Reis, centenas de famílias estão brincando o carnaval pelos quatro cantos da cidade. O domingo de carnaval levou milhares de foliões às ruas. Nem mesmo a chuva que insistiu em cair no início da noite esfriou os ânimos durante o desfile dos Blocos do Reizinho, Marit’Samba e Jaqueira. Uma multidão fantasiada acompanhou o desfile dos blocos pelo Centro da cidade como nos antigos carnavais. O bloco da Jaqueira apresentou em seu samba enredo uma homenagem ao médico Arthur Jordão Costa, pai do prefeito Tuca Jordão, e realizou um desfile emocionante com a participação maciça da população angrense.

O bloco do Reizinho, um dos mais tradicionais da cidade com 41 anos de existência foi o primeiro a desfilar e contou a sua própria história na avenida. Debaixo de muita chuva, e com animação contagiante, o bloco relembrou o seu eterno Reizinho, Zé Augusto da Padaria, fundador da agremiação, e demais personagens que ocuparam esse posto nos últimos anos. Ainda recordou os antigos carnavais, passando pelas animadas concentrações do bloco no Condomínio do Carmo e na comunidade do Morro do Santo Antônio. O símbolo do bloco é uma Coroa Real que veio em destaque no abra-alas do seu desfile. O bloco se apresentou com 80 ritmistas, com direito a rainha de bateria, alegorias e adereços, o tradicional reizinho, rainha e princesas, sempre caracterizados com muita irreverência e simpatia, além do histórico carro de vinho que distribui anualmente mais de 1.000 litros da bebida para os milhares de foliões que são arrastados pela animação. O bloco reuniu muita gente fantasiada, famílias inteiras, que foram às ruas para pular o carnaval. Entre elas estavam as tradicionais e animadas piranhas, figuras certas no bloco. O Reizinho foi representado por Benedito José de Lima, o Tomate, figura bastante conhecida na comunidade.

O bloco Marit’Samba, do Morro do Carmo, também enfrentou chuva durante o desfile, mas contagiou os foliões que pareciam não se importar. Com três destaques, ala mirim, mestre sala e porta bandeiras e 35 componentes na bateria, o bloco fez lembrar na avenida os grandes carnavais do antigo bloco 6 de Janeiro. Para relembrar um pouco da história vitoriosa da comunidade sambista do Morro do Carmo, o Marit’Samba contou em seu enredo, a trajetória de um dos blocos mais animados da cidade na década de 70. No samba-enredo, o Marit’Samba lembrou do homenageado, com a composição tendo uma releitura de antigos trechos de músicas cantadas pelo 6 de Janeiro nos seus áureos tempos, com a inclusão de trechos de letras feitas especialmente para integrar o passado com o presente. A agremiação carnavalesca foi fundada sob a idéia da própria identidade da comunidade apaixonada pelo samba e pelo futebol. E foi justamente do time de futebol que leva o mesmo nome do bloco que nasceu o Mrit’Samba. Com cerca de 500 foliões vestidos com abadás e 35 componentes na bateria, comandados pelo mestre Lecão, o Marit’Samba promoveu mais um grande carnaval em Angra dos Reis unindo futebol, samba e capoeira.


O bloco da Jaqueira, criado pela comunidade do morro da Caixa d’Água, que tem na figura irreverente de um pé de jaca o seu símbolo no carnaval, contou a história de um conhecido e antigo médico chamado de amigo do povo. Com 16 anos de história no carnaval da cidade, a agremiação arrastou milhares de foliões pelas ruas do centro de Angra. O bloco que encerrou os desfiles da noite de domingo foi contemplado sendo o primeiro a desfilar sem chuva. O Dr. Arthur Jordão Costa, grande homenageado da noite desfilou em carro aberto acompanhado por sua esposa Alda Jordão. Os filhos Tuca, Arnaldo, Andréa, Adriana e Anali, netos e netas, genros e noras do homenageado acompanharam o bloco e cantaram o samba enredo junto com o povo que reverenciou o médico durante todo o desfile. A agremiação contou um pouco de sua trajetória profissional e humanitária na cidade. Segundo o enredo, ele sempre conseguiu conciliar a função de médico com as suas aptidões solidárias, dedicando sua vida a ajudar as pessoas.


O prefeito Tuca Jordão que participou da bateria do bloco da Jaqueira tocando surdo falou emocionado sobre a homenagem. “Nos tempos em que a medicina chegava bem mais próxima das pessoas mais humildes, era comum o médico fazer visitas domiciliares, ganhar galinha, farinha, peixe, frutas e bananas, como agradecimento pelo serviço de saúde, principalmente pela intimidade e cumplicidade que os antigos médicos tinham com seus pacientes. Me lembro bem desses momentos e pude aprender muito com meu pai. E o Dr. Artur Jordão é um desses abnegáveis e inesquecíveis médicos. Essas lembranças estão me proporcionando hoje uma das maiores alegrias da minha vida” disse Tuca Jordão.


O Dr. Arthur Jordão disse que ficou surpreso com tamanho carinho da população e se impressionou com a quantidade de pessoas que acompanharam o bloco. “Não esperava tanta gente, essa homenagem realmente superou as nossas expectativas e estamos todos muito felizes. Gostaria também de dedicar essa homenagem ao Tuca que está vivendo uma fase de realizações depois de enfrentar tantos desafios logo no início do seu trabalho como prefeito” agradeceu o Dr. Arthur Jordão. Em dezembro do ano passado, o médico já havia sido homenageado pelo projeto “Angra Salva Sua Memória”, da Cultuar, que enaltece em vida, os cidadãos que contribuíram para o desenvolvimento da cidade e com isso acabam fazendo parte da história da cidade.


Atualmente, o presidente do bloco da Jaqueira é o secretário municipal de Esportes José Fabiano Delgado. O Grêmio Carnavalesco, Cultural e Esportivo Bloco da Jaqueira, teve mais uma vez como casal de mestre-sala e porta-bandeira Toninho e Bianca. À frente da bateria comandando o ritmo dos 50 ritmistas o mestre Cica, tendo a companhia da rainha Jéssica, e cantando o samba do bloco os intérpretes Neu, Miguel e Miller. Cerca de 2 mil foliões participaram com abadás no desfile representando a história do enredo. O bloco arrastou cerca de cinco mil pessoas e como reza a tradição, a diretoria do bloco distribuiu muitos favos de jaca, adoçando a boca dos foliões.


Dando sequência à folia, o carnaval se estendeu até a madrugada no Cais de Santa Luzia, onde as pessoas aproveitaram o romantismo do baile de máscaras com as tradicionais marchinhas tocadas pela Banda Guerra. Na Praia do Anil que ficou pequena para os foliões, a animação ficou por conta da apresentação da bateria da Escola de Samba Viradouro e do Bloco Brasil que apresentou repertório variado até às 3h da manhã.

Sábado foi a noite dos blocos Portelinha, Reizinho Mirim, Caravela, Malhação e Ki Merda é Essa

As palavras de ordem, ao menos, em relação ao sábado de carnaval – 5 de março – em Angra, foram: ninguém é feito de açúcar! Foliões e músicos, fossem eles da cidade ou não, repetiram a afirmação como se fosse um tipo de mantra, e o resultado não poderia ter sido mais positivo. Angrenses e turistas pularam o carnaval com alegria e segurança. Melhor que isso: em paz. Chuva? Quem disse que isso atrapalhou alguma coisa?
A festa começou às 16h30, com o Bloco Unidos da Portelinha agitando os foliões reunidos na Praça 6 de Janeiro. Apesar de ser uma agremiação nova, o bloco que nasceu no bairr
o da Caixa D’água não decepcionou, levando uma multidão pelas ruas da cidade, com direito a muito samba no pé. O estandarte do grupo, uma águia, fez sucesso por onde passou.
Às 17h, no Cais de Santa Luzia, a banda Nova Identidade nem se importou com o tímido público que se encontrava no local: apresentando sambas e marchinhas que estão desde sempre n
a boca do povo, começaram o show de forma empolgada, e com isso, as pessoas começaram a chegar. Enquanto muitas crianças se divertiam com o pula-pula e os palhaços que animavam a festa, outras, acompanhadas na maioria das vezes dos pais, caiam na folia, fazendo valer a matinê organizada pela prefeitura – Cultuar e TurisAngra.
Às 19h30 foi a vez do Bloco do Reizinho Mirim sair da Rua Moacir de Paula Lobo e ganhar a cidade. Com uma bateria contagiante, a agremiação contou com muitas crianças, que mostraram que os baixinhos também sabem – e mui
to! – pular o carnaval. Mais de 300 pessoas acompanharam o bloco, que arrastou uma multidão pelas ruas do centro do município. O reizinho mirim e sua rainha também não decepcionaram, dançando e também cumprimentando todos os foliões.
Saindo da Praça General Osório, às 21h15, o Bloco Acadêmicos do Caravelas aglutinou vários participantes logo na co
ncentração. Com o enredo que misturava capoeira e doação de sangue, fez com que todos já chegassem à praça com o samba na ponta da língua. Mestre Arisco, do Abadá Capoeira, organizou seus alunos como se formassem uma verdadeira comissão de gente, e o público aprovou a mistura entre esporte, dança e música.
Oriundo da Fortaleza, o Bloco da Malhação contou com vários participantes, inicialmen
te reunidos no Texaco – Coronel Carvalho. A espera não foi em vão: muito verde entre os foliões – por causa do enredo “Verde que te quero verde” – e uma bateria que conseguiu empolgar até aqueles que não gostam muito de carnaval. Na frente do bloco, várias mensagens ecológicas eram levadas pelos integrantes, mostrando que festa popular combina, sim, com conscientização ecológica.
Às 23h, o Cais de Santa Luzia novamente voltou a ser o centro das atenções, com a presença da Banda Guerra, que fez a alegria dos presentes com uma apresentação especial, composta apenas de marchinhas e frevos. Angrenses e turistas se esbaldaram ao som do conjunto, que relembrou os antigos carnavais de forma emocionante.
O Bloco Ki merda é essa foi o último da noite. Mas a espera foi recompensadora:
foi um dos que mais animou as pessoas. O número de foliões também impressionou. Eram centenas, na maior animação. Muitas mulheres desfilaram como destaques da agremiação, misturando beleza e samba de uma forma muito especial.

Imprensa e Afro Reggae na sexta-feira

Blocos da Imprensa e Afro Reggae marcam o ritmo da folia em Angra na sexta-feira

Na sexta-feira, 4, os blocos da Imprensa e Afro Reggae, desfilaram no Centro da cidade, e agitaram os foliões mesmo debaixo de chuva.

O primeiro bloco a desfilar foi o Afro Reggae Homo Heyn, sob a comando do exótico Jamaica, que levou para as ruas o ritmo afoxé, inspirado em um famoso bloco de Salvador (Filhos de Gandhi), na Bahia. O bloco, fundado em 1991, se originou do Ylá Dudu, que arrastava multidões, nas décadas de 80 e 90, pelas ruas de Angra, e, neste ano, abordou o tema “Paz e amor”.

A agremiação, com um estilo diferenciado das demais 35, filiadas à Abcar, levou cerca de 100 foliões com abadás, fora os agregados, que se somaram aos adeptos do afoxé, no decorrer do desfile.

O ritmo da bateria da agremiação é dado pela bateria do Bloco da Carioca, no estilo samba reggae, com aproximadamente 20 ritmistas, tendo como intérpretes Marisco e a bela voz de Roseli.

"É sempre importante em tempos de muita violência, falar de paz e amor. Acreditamos que é possível fazer um carnaval de rua com muito amor, carinho, sensibilidade, respeito ao próximo e acima de tudo com muita paz", falou o líder do bloco, Jamaica.

Fundado em 1991, o bloco Afro Reggae está desde o início da fundação da Abcar, e tem origem nas famílias do senhor Epitácio, do Morro do Carmo, e Banana, da comunidade da Carioca. Entre os fundadores se destacam o próprio Jamaica, Marisco, Antunes e Nandinho.

Imprensa canta "É cor de rosa choque...mulheres de Angra"

O esperado Bloco da Imprensa, que tem 17 anos de fundação, saiu com cerca de 600 pessoas vestidas de cor de rosa choque, que cantaram, pelas ruas do Centro, o enredo que homenageou as mulheres de Angra. Segundo o presidente do bloco, o jornalista Beto Carmona, o enredo foi escolhido por causa da proximidade da data do dia internacional da mulher, 8 de março.

O desfile foi um sucesso e contou com a presença de grande parte da imprensa e com uma multidão de cerca de 2 mil pessoas, vestidas de rosa choque.

A expectativa de todos sobre as surpresas que o bloco preparou, logo, foi superada na comissão de frente, com a presença de artistas da cidade como Monique Eucário, Flaviana Ayres, Maycon Renan, Evelyn Ramos, Elaine Alves, João Novaes e Emanuele Torres, com fantasias e figuras tradicionalíssimas do carnaval como Carmem Miranda, Colombina, Melindrosa, Nega Maluca e o Malandro. Logo depois, um mini carro abre-alas, decorado com flores que exalava perfumes durante o percurso, encantou o público.

A maior surpresa ficou por conta da presença de dois gogo boys fazendo stripper, estimulando a imaginação feminina através da dança e sensualidade de Pyetro Savage e Rafael Pit, profissionais de boates do Rio de Janeiro, que fizeram alusão ao Clube das Mulheres.

A bateria, sob o comando do mestre Lecão, foi uma atração à parte com os seus 50 componentes. Eles desfilaram fantasiados de gogo boys e seus personagens, como bombeiros, marinheiros, policiais, operários, zorros, garçons, cowboys e muitos outros.

“Eu adorei essa novidade. O bloco se supera a cada ano, sempre nos trazendo um lindo carnaval de rua. Estou encantada com o capricho”, falou Sônia Pimenta, moradora do Balneário.

O bloco levou, ainda dois casais de mestre-sala e porta-bandeira, a dupla Chidonda e Bia e um casal mirim, Cenir e Pablo, com lindas roupas coloridas. À frente da bateria virá à passista Ana Cláudia, como sempre com pouquíssima roupa, nas cores rosa e vermelho, muito samba no pé e sensualidade.

O samba-enredo é de autoria de Silvio Negão e Renato JP e foi cantado pelos intérpretes Chiquinho da Fortaleza, Wellington Coração, Ademir da Guia, Marquinhos do Tatu, Mica e a convidada especial representando a voz feminina de Lilia Ferreira. Nos cavaquinhos Dé e Rodrigo Paixão e no violão Maurício Macuco.

Sururu Formado, Assombrosos e Nega Maluca

Axé, samba, marchinhas e irreverência agitam a cidade

Nesta quinta-feira, dia 3, segundo dia de Carnaval em Angra dos Reis, milhares de foliões circularam pelas ruas do Centro acompanhando os blocos. Foram três: Sururu Formado, Assombrosos do Cruzeiro e Nega Maluca.

Choveu menos que na quarta-feira, mas a chuva foi insistente. Durante toda a noite, ela ameaçava e parava. Em alguns momentos, chegou a apertar, mas nada que tenha incomodado os foliões. O primeiro bloco da noite foi o Sururu Formado, que completou 10 anos de folia. O bloco desfila em ritmo de axé, mas, na concentração, na esquina das ruas Moacir de Paula Lobo (Rua das palmeiras) e Dr. Léo da Silva, o que rolou foram grandes sambas-enredo para esquentar a turma. Já com o “bloco na rua”, o Sururu agitou com canções de Ivete Sangalo, Cláudia Leite, Parangolé e tudo o que há de melhor na música baiana.

O bloco sempre arrasta um grande público tocando os hits que estão “bombando” no verão. Neste Carnaval, “Minha mulher não deixa, não” foi um dos que mais animaram o público. Sucessos do sertanejo universitário não poderiam ficar de fora. E foram tocados, em ritmo de axé.

Enquanto o Sururu se encaminhava para o final de sua passagem, quem já se concentrava era o bloco Assombrosos do Cruzeiro, na ladeira São Bernardino de Sena. De lá, ao som de grandes sambas-enredo das escolas do Carnaval carioca, e acompanhados pela bateria do bloco Paraty do Amanhã, saíram os tradicionais bonecos de monstros e caveiras feitos pelos assombrosos. Um deles parecia medir mais de quatro metros. O bloco foi formado há cinco anos e seu nome foi inspirado nas lendas sobre assombração que fazem a mística do convento São Bernardino de Sena.

Crianças vestidas de preto e com máscaras de caveira saíram à frente do bloco, que contou com mestre-sala e porta-bandeira, no estilo das grandes escolas. Na marcação da bateria e ao som do cavaquinho, sambas da União da Ilha, Salgueiro, Portela, Grande Rio e Beija-Flor animaram os foliões que sambaram e cantaram.

A essa altura, pelas ruas do Centro, já se podia ver uma proliferação de “negas malucas”. Estilosas, com óculos e roupas multicoloridas, elas seguiam todas na mesma direção: o São Bento. Era a concentração do bloco Nega Maluca, um dos maiores e mais tradicionais e irreverentes de Angra dos Reis. O bloco atraiu milhares de pessoas. Homens, mulheres, todos eram negas malucas, caracterizados como uma das personagens mais típicas do Carnaval carioca, com tinta preta e peruca.

Neste ano o bloco contou com a participação dos atores globais Rafael Almeida e Jéssica Alves, ídolos do público jovem. Junto com eles, em cima do carro de som, uma banda com nove integrantes animava o público tocando clássicas marchinhas, como “Jardineira”, “Mamãe eu quero”, “O teu cabelo não nega”, dentre outras que pessoas de todas as gerações sabem cantar. A multidão animada cantou, pulou e dançou pelas ruas do Centro até chegar à avenida Júlio Maria. Os foliões continuaram em clima de festa mesmo depois que a banda parou de tocar.

Feliz Idade e Artistas abrem a programação de blocos em Angra

O pré-carnaval, na quarta-feira, 2, reuniu um grande número de foliões nas ruas do Centro da cidade, apesar da chuva.

As ruas por onde os blocos passaram estavam enfeitadas com belos painéis de figuras carnavalescas, como o pandeiro, pierrô, colombina e muitas cores.

A alegria contagiante dos idosos que saíram no bloco da Feliz Idade, o primeiro bloco a desfilar, encantou a população. O enredo deste ano era “Folclore, lendas e magias”, e, segundo a presidente do bloco, Conceição Brasil, o objetivo foi homenagear os diversos personagens das lendas brasileiras, como a Emília, do Sítio do Picapau Amarelo.

“Nossa porta-bandeira, Bianca Queiróz, está fantasiada de Emília e o mestre-sala, Toninho, de Visconde de Sabugosa. Temos diversos personagens que estão divertindo o público”, falou ela, que ainda mostrou a participação da Rainha do Carnaval de Angra, Aline, que estava presente ao desfile.

O samba foi puxado pela bateria do mestre Cica, do Bloco da Jaqueira, que conduziu divinamente os seus 30 componentes . As crianças, também marcaram presença no abre-alas, fantasiadas de Branca de Neve, Cinderela e outros personagens.

O bloco contou ainda com a participação de cerca de 80 idosos dos Núcleos de Convivência da Terceira Idade da Secretaria de Ação Social. A coordenadora Vanessa Davies estava presente animando as senhoras, que desfilaram no bloco fazendo toda a diferença.

“Mesmo com a chuva, estamos animadas em participar e nossa alegria é essa, nos divertirmos apesar de todas as coisas ruins que já vivemos na vida”, contou Maria Ribeiro, de 72 anos, no Belém.

Bloco dos Artistas

O segundo bloco a desfilar foi o Bloco dos Artistas, concentrado tradicionalmente em frente ao Teatro Municipal. O bloco, que completou 11 anos de fundação é presidido pelo artista Gustavo Valente, que neste ano teve a ideia de resgatar a cultura carnavalesca do baile de máscaras.

“Fomos prejudicados com a chuva, pois tínhamos preparado muitas alegorias, mas, mesmo assim, estamos saindo com dois de nossos bonecos, que já são nossa tradição e o carro com o palhaço, que é o símbolo do bloco”, contou o artesão.

Neste ano, o abadá para o bloco foi vendido junto com uma máscara, preparada nas oficinas que foram realizadas pela Cultuar, sob a direção do próprio Gustavo. “Fizemos cerca de 250 máscaras para caracterizar o nosso desfile”, explicou ele.

Por causa da chuva, a banda, que anima o bloco em cima de um trio elétrico em todos os anos, Alegria Geral, não pode sair, mas, ainda assim, as marchinhas de carnaval deram o tom ao desfile.

A classe artística angrense compareceu em peso e o esperado concurso de fantasias foi um sucesso. Na categoria adulto o primeiro lugar ficou com a fantasia Avatar, que levou o prêmio de R$ 350,00, mais um almoço em um restaurante patrocinador do bloco, o segundo com o Homem das Cavernas, que levou R$ 150,00 e uma pizza, e o terceiro com o Urubu, mascote do Flamengo, que levou R$ 50,00 e um lanche em uma conhecida lanchonete do centro.

Na categoria infantil, o primeiro lugar ficou com o menino vestido de Aladin, que ficou com R$ 100,00 e um kit de capacete e joelheira para bicicleta, o segundo com o menino de Pilha Duracell, que levou R$ 50,00 e uma pizza, e o terceiro com a menina de Colombina, que com R$ 30,00, saiu contente da primeira noite do carnaval angrense.